De todas as formas formas de amor

Quantas e tantas vezes eu sempre estive em busca do que é melhor, sem observar o que de fato é autentico e verdadeiro? Por muitas vezes eu me perdi em anos de divagações sem saber ao certo o meu caminho. Por muitas vezes eu acreditei que a devoção pelo outro seria uma ponte de imensas descobertas, com rumo ao mais além. As fronteiras de minhas limitações é o que me distanciava de meus irmãos na terra, guindados às mesmas desventuras e desavenças. Mas em todos estes longos dias nunca me arrependi do caminho que tomei, por ver no mesmo uma bússola, uma salvação contra meu maior inimigo: o egoísmo.
Ainda, por muitas vezes me prendi ao terra a terra apenas, sem ter um norte para seguir, me apoiando em migalhas de misericórdia. As vezes o olhar humano não consegue entrar no teu âmago para definir com os olhos de dentro, quem és. O dedo em riste é o sinal de que os pontos de vista estão em contramão.
Existem ainda aqueles que se penduram em nossos ombros, como se deles fossemos ancora salvadora de suas vidas que , imediatistas, perdem-se em meio a indecisão, e como um nada se jogam ferrenhamente ao desespero desacreditando no ser divino que é, esquecendo suas raízes de heroísmo individual... Se soubéssemos o poder transformador que existe numa palavra, seríamos mais felizes, sem medo e sem temor. Seríamos não mais espíritos entregues ao mesmismo deste orbe planetário, antes, seríamos verdadeiros deuses, ainda que minúsculos, criadores de outros mundos, outros céus, banhando assim o universo de novas e melhores oportunidades.
Mas nós nos esquecemos quem de fato somos. E perdidos vagamos entre corações, que igualmente famintos de amor e carinho, apegam-se uns aos outros, sufocando o ideal maior, que a nossa frente está, mas cuja neblina da vida materialista, nos arremete ao infantilismo sem razão e sem nexo.
Mas, como nada se perde no conhecido universo, igualmente, no desconhecido tudo se transforma e se encontra no todo infinito.
De todas as formas de amor, existe uma que ainda não conhecemos, e se encontra latente em nosso espírito. Perdido como numa eterna dormência esteja.
Existe uma frase, daquelas muitas que caíram no gosto popular, que mesmo dita pelo mestre maior da vida, tornou-se apenas repetição: "Amai-vos uns aos outros, como a si mesmos". O que me faz pensar que antes mesmo de amar a quem quer que seja, tenho que antes aprender a amar a pessoa que sou, do jeito que fui concebido, da forma que existo, no plano encarnatório em que me encontro, por que assim também sou a idealização do que projeto para fora de mim mesmo, todos os dias, e antes mesmo de abrir meus olhos.
O que falta para que isso tudo venha a ser pura realidade na vida das pessoas que humanizadas, precisam de espiritualização em seus corações de carne?
Pensemos nisso, hoje amanhã e em todas as manhãs de nossas mentes!
Muita paz, sempre!

(Edmilson Soares de Oliveira em Colombo-PR, 27 de Novembro de 2010)