Governo do Estado promete, mas não entrega pontes no prazo e barreirenses revoltam-se


Conforme já é do conhecimento de todos, no ano de 2010, a cidade de Barreiros foi tomada por uma enchente devastadora. A força das águas destruiu casas, ruas, prédios, e ainda as duas pontes maiores de acesso ao centro da cidade. Ponte de Baeté e Ponte Maria Amália.


Entre os anos de 2010 e 2011 o governo do estado prometeu que até ao final de 2012 todas as pontes seriam restauradas. Ou neste caso, reconstruídas. E lá se vão mais de três longos anos.


No mês de agosto, dia 19, o governador Eduardo Campos, juntamente com o ministro de integração nacional, Fernando Bezerra e ainda o secretário da casa militar, o Coronel Mário Cavalcanti estiveram presentes para a inauguração da ponte de Baeté, "rebatizada" como Ponte Drº Miguel Arraes de Alencar. Na ocasião o governador, conforme vídeo abaixo, prometeu que no mês de setembro de 2013 estaria de volta à cidade para a inauguração da segunda ponte, a Maria Amália.


- "...na certeza que a gente se encontra agora em setembro quando formos entregar a outra ponte lá no Maria Amália. Em setembro nós vamos estar aqui, de volta." disse o governador em 19 de agosto de 2013 que pode ser conferido nos últimos minutos deste mesmo vídeo acima.

No entanto, conforme vemos ate o dia de hoje, nada foi entregue.

A população reclama de um lado e de outro, mas ao que parece, e é o que está dando à entender, as obras paralizaram por questões políticas. Apesar do atual prefeito ser da mesma sigla partidária que o governador, PSB, por algumas quebras de acordo do governo municipal, o governo do estado virou as costas para a cidade de Barreiros.

Desde o mês de novembro que a empresa que estaria prestes à terminar a ponte, parou de trabalhar, recolhendo todos os seus equipamentos.

Enquanto isso, os moradores do Bairro Maria Amália, continuam, de certa forma, ilhados. Principalmente os que tem carro.

Se a ponte estivesse pronta e livre para acesso, quem está de carro levaria entre 02 à 05 minutos para chegar ao centro da cidade. Atualmente, fazendo todo um contorno, levam-se em torno de mais de meia hora.

Sem ter à quem recorrer, no inicio dessa semana, alguns moradores num ato de revolta, retiraram a barricada dos dos lados da ponte, de madrugada. A prefeitura, usando das retro-escavadeiras recolocou os trilhos de volta.

No entanto, sabendo não serem ouvidos pelo governo do estado, pela imprensa, ou pela prefeitura da cidade, que por sinal, já foram enrolados em conversa fiada pelo prefeito, que prometeu o que não era de sua alçada, os moradores daquelas localidades próximas, à qualquer momento poderão revoltar-se e fazer com as próprias mãos o que as máquinas não estão fazendo.